d'age palavras

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Topo do Mundo

Os dias não afogam
somos nós
a perdê-los ébrios,
irreais fins de vida

Na quela rua
noutra esquina
gente nua
sombra esquiva.

Viver
no topo do mundo.
Mundo da rua.

Olho a rua
onde sempre estás.
Fogo aceso?
Indolente.
Sempre vou?
Tanto faz.
No deserto espreito
o sonho ausente.
E viver
no topo do mundo.
Mundo da rua.

Terra, vento,
tudo aguento nú,
no mundo da rua.

Aí está
quem te quer ter.
Flor do dia,
uma mão,
dever.
Dessa caravela beber
como água
o vinho a correr.
Tenho pouco
quero mais que fantasmas
de heróis abandonados
em terras de ninguém.

E viver no topo do mundo.
Mundo da rua.

Histórias Curtas

O Mundo gira dia a dia.
Noite a noite
nasce a Lua,
cobre-nos com o seu olhar
doce e melancólico.

Quem segue
nesta viagem mar dentro?

Monstro marinho,
dono das falésias dos meus sonhos,
leva-me ao trono do imperador.
Leva-me às orgias perfumadas
pelos corpos das princesas.

Abram-me a porta
dos doces oceanos.
Quero invadir
o palácio da loucura.

Deixa-me embalar-te
com doces melodias…
Já caiu a noite,
nasceram as sombras.

Apaga as luzes,
Fica na penumbra…
Vou contar-te um conto.
Histórias curtas.

Histórias curtas…

Em Nome de Deus

Em nome de Deus
Derrubaram barreiras
Que deixavam espaço
Entre a lua e o vento

Em nome de Deus
Caíram as bandeiras
E as mortalhas
Pelas bermas das estradas.

Em nome de Deu, eu vi
Morrerem os homens.
Em nome de Deus, eu sei
Ainda se perdem homens

Em nome de Deus
Separam-se as almas
Que um dia­ quiseram
Viver sempre juntas.

Em nome de Deus
Ainda vestem fardas.
Como no passado
Não passam de mortalhas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Conversas de Café

Sento-me à mesa deste café
Numa conversa de circunstância
E as melodias
Que são as palavras
Ferem-me o coração

Passam pela janela
Corpos dançando ao sol
Ao som de musicas última estação
Blusas coloridas, riscando a rua
Ao longo deste café.

Não é fácil ficar assim sentado
Numa mesa simplesmente
Contando histórias
Sem sentido.

Cavalos e carroças
Trotam ruas acima
Transportam as desgraças
Que são a tua vida
Conhecem-te o medo
E os teus desejos
Enquanto ficas aí

Sentado à mesa de qualquer café
Ouvindo simplesmente
Sem sentido
Histórias
Dormindo...

TEU FOGO

Quem nasceu do fogo
amava amante meu.
Sob penas lacaia
e pouco tinha de seu.

Sempre os houve quem houvesse
a mais na corte.
Água fresca de aromas
sempre mudou a sorte.

Em teu mar
continuar...

Sonho é desespero.
Vai para quem te amar.
Nunca é tanto faz.
Vou para quem cantar.

Em teu fogo.
Em teu fogo.

Só eu dei
tanto sem trocar.
Só eu dei sem trocar.

Em teu fogo.
Em teu fogo.

Sabes?
Só o fogo de dentro
a amor faz andar a tempo.
Faz como se ninguém
soubesse amar...

Em teu fogo.

Deixar Passar a Mão

(Jogar por cima)


Numa certeza há o encanto
de uma história perdida.
Numa situação de perigo real
passo por cima da imaginação

Não sei se vale ou não jogar por cima
ou deixar passar a mão.

Vagos os lugares desta cabine viajante.
Sou uma peça de um curto instante.
Vastos os espaços por entre a janela
que abro num repente para te ver ó bela.

Barcos saem

Barcos saem
Para o mar
Redes vazias
Para encher
De prata
Reluzente ao luar.

Amor um dia
Eu vou partir
Nesses barcos
E o teu beijo
Espero sorte minha
Quando voltar.